A esperança de uma ilusão
Guardei um vinho há anos
Esperando uma situação especial
Ela não saia da minha mente
Só que também nunca aparecia
Quando dava um fio de esperança
Corria como uma criança com medo
Quanto tempo levei para entender
Que ela não tinha nada comigo
Apenas curiosidades como coisas da infância
Aquele vinho tinha um momento especial sim
Só que comigo mesmo porque eu a criei
Tanto tempo se passou que a vaidade me abandonou
Fiquei sem saber que dia era e que horas são
Somente esperando o momento da emoção
As cinzas da noite passada em meu cachimbo
Foi o que me restou ao amanhecer
Assim não vai dar para amadurecer
Mas é preciso insistir quando se quer crescer
Não tem mais o que me distraia
Passei minha vida ate os dias de hoje
Procurando saber meu verdadeiro sentido
Tantos motivos que apareceram na contra-mao
Que eu queria que estivesse na mesma direção
Pareciam que queriam apenas aguçar minhas vontades
Fui forte em segurar a onda e aceitar por ser civilizado
Jamais deixarei me levar ao que venha ser desajuizado
Quero a alegria do palhaço mais engraçado
Que vive da platéia animada e do aplauso
O riso que não se confunde com o amarelo
Apenas a intenção do que é puro por ser belo
Já que seu ato é singelo
Escrevo na primeira pessoa quase que sempre
Se colocar no lugar dos outros agrega a gente
Exercita o bom senso e enriquece a mente
Hoje escrevo e desenho na parede do meu quarto
Rimo com versos e cores meus pensamentos
Artes vibrantes que venha a ser coletiva
Por pensar e viver o que muitos calados
Não exprimem por falta de coragem
Quero tanto poder sair mundo a fora
Quero tanto poder querer o bem geral
Quero tanto poder ter aquela receita
Quero tanto poder entender e crer
Que um dia todos caminharão juntos
Por mais que tudo isso não passe de uma mera ilusão
Agosto/2009
Nossa Rico..percebo a cada postagem, uma evolução... Evolução não só das palavras, não só na rima do poema, a Evolução da Pessoa Henrique. B'jus
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