Não me estranhe
Estou aparentando seu reflexo
Por isso o ambiente ficou perplexo
Quero tentar ficar livre de preconceitos
A partir do momento em que os perceboNão precisa me levar a mal
Buscar a neutralidade ate que é legal
E exige certo esforço
Comecei um esboço que tão cedo não para
O mundo de informações afogaFazendo da ressaca a cura que vem em longo prazo
Brotando amiúde do raso
A nascente emerge pura e cristalina
Montanha abaixo desce vários caminhosAte desembocar em seu destino
O mar, o rio, a cachoeira as raízes que ali se nutrem
Aguardam em seu leito
A próxima estação mostra indícios
Uma genuinidade homogênea e seus resquícios Hoje se encerra o que se inicia amanha
A espera da primavera é aguardada
Abrem-se os botões é a chegada O colorido vivo preenche a paisagem
Colocando-nos em duvida se é uma miragem
Perder-se na realidade abundante
É tão estimulante que assustaO ponto de partida esta conflagrado
Deixou o acaso em desencontro da certeza
A única direção a seguir é a trilha da delicadeza
Já que ali fora construída pela destrezaSua beleza se transforma em riqueza
Levando-nos de encontro à realeza
Reivindicaremos o valor da pobreza
Já que os sonhos se recalcaram as ilusõesA senha é o interesse que repugna
Colocando-nos em um jogo de esgrima
Fazendo da verdade um antônimo
Que apaguem o vocabulário... Outubro/2009
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