A
autoridade do homem sobre outro homem é uma usurpação do poder de deus e, longe
de ser divina, pode ser considerada satânica, pois ambos não só estão no mesmo nível
de manifestação, como são espécimes da mesma espécie, sendo, por isso,
idênticos. O poder exercido por humanos sobre outros deve ser feito dessa forma
por linha horizontal, enquanto o poder divino se manifesta verticalmente. O
poder entre idênticos é um desiquilíbrio e uma ficção. Assim, a autoridade de
um homem sobre outro reflete a repressão sobre si próprio. Por isso,
concordamos que o ego é o mecanismo psíquico que não apenas justifica o
exercício desse poder, como também o gera e o sustenta pela ilusão
institucionalizada.
Livro:
Malungo: decodificação da Umbanda / Bento de Lima. p. 195, 1997.
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