segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

o por do sol me contou

As estrelas nasceram de uma transa muito louca entre o sol e a lua
Os continentes se separaram para mudar um pouco o itinerário
A busca de novos caminhos e melhor distribuição geográfica para todos

Vamos parar com esse egoísmo
O asfalto escaldante exala o que não deu certo
Como meus poros lhe entregam a bebida da noite passada

O deserto e sua textura inconfundível
Um vulcão cuspindo fogo nada mais é que a fase das espinhas na puberdade
Montanhas rochosas apresentam seu esqueleto
O verde crescido a barba a ser aparada
O mar em maremoto é seu próprio vomito
O furacão é a vertigem que leva a lona
O terremoto rompe
O que dizer de uma cachoeira
Com sua energia e força
As chuvas com suas lagrimas purificadoras
A trilha hoje percorrida uma veia dissecada
Os papeis se inverteram
Onde era mar virou terra e vice-versa
Portanto hoje estamos aqui e amanha ali

Diante tamanha biodiversidade de vida e cores, formas e sons
Sua predominância é azul
Primarias e secundarias - frias e quentes
As quatro estações o estado das coisas
Não para de girar
Mostrando o dia e a noite
Ocidente e Oriente – cedo e tarde
Uns dormem outros acordam
Eu aqui no presente admirando
O por do sol que se vai para se apresentar ao Oriente
Jan./2009

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