sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A matéria emudece

A matéria emudece
Um ser aparentemente estranho
Com um jeito de se expressar em versos
Um dia cumprimenta, outro foge
Com um sorriso que conquista, depois some

Uma mente febril bebendo em varias fontes
Se alimentando de conhecimentos
Aprendendo a dividir as idéias
Ignorando a hipocrisia

Na busca de um caminho
Querendo se encontrar
Não seguir o postulado
Como todos pedem
 
Os autênticos não ficam por muito tempo
Vêem e vivem de outra forma
Os minutos as horas contam de outra maneira
Soam como contrastes em meio aos demais

O pouco tempo se equivale a um longo período de aprendizagem
Tudo intenso e denso se fazendo passar por uma miragem
Saudades e idéias são o que ficam no depois do amanha
E assim as coisas vão amadurecendo e sucedendo-se

Novos frutos nascem
Depois dos que jazem
O ciclo se inicia
Coisas surgem

Pedra quicando sobre a água
E assim vamos brincando
Um tempo sem validade
Onde não exista rivalidade

Tirar água da pedra
Só pra quem não tem pressa
Mesmo que não acreditem
Mole ou dura tanto bate ate que fura

Não pedir e sim fazer com que as coisas aconteçam
O balcão do bar foi a bancada que se revelou
Um caboclo véio de guerra me contou de seus limites
Se percebendo e entendendo seu próprio enredo

No real as amarguras da esperança
Esquecemos da nossa própria vogal
No divino a busca incessante (eu)
No inicio e no fim a consoante (ds)

Que pena
Que aquela novena nos salve
Que o som do atabaque soe
Que as velas iluminem os caminhos

Partir não dói
O que dói é a saudade

Então o que nos resta é este momento...
Junho/2010

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