Sentidos
Porque que a hora não passa
Sendo que o relógio não para
E a terra não cessa o girar
Dias barulhentos e noites calmas
Aqui continuamos e nada acontece
Cadê o caminho da nossa liberdade
Porque não é mais permitido passar
O que foi que fizemos a si próprios
Temos o poder de escolha
Apenas leva um tempo para encontrar a chave
Onde a cada clave um sinal
Ate encontrar o sentido real do que somos
Que lugar é esse que eu mesmo escolhi
Tem tudo o que eu quero aqui
Só não existe relação
Cadê a junção
Invisível no meio da multidão
Tentando uma certa comunicação
Que parece não ter resultado algum
Apenas rápidas trocas entre corpos e olhos
Chego a duvidar se estou aqui mesmo
Minha presença me confunde com algo fantasmagórico
Mas de repente quero mesmo estar como uma nuvem passageira
Que sentido é esse que muda a cada nova vibração
Porque esse vicio de se render ao fascínio vital
Quando se vai a fundo precisa demarcar o caminho da volta
O interesse pode se revelar como enganoso
Como entrar em um mundo pantanoso
Os sentidos se misturam
Embriaga sem saber qual direção tomar
O tornar não é mais concreto
Todo objeto prende atenção
A sutileza daquela beleza majestosa
A fragrância que penetra e ativa
O tom de cores vivas cria uma situação
O som que envolve impulsiona
E completa o ambiente
Jan./2010
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