sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Só por pela pela causa

Só por pela causa
Hoje eu acordei xarope
Estou precisando de uma tosse
Um analgésico antes que eu me coce
Jamais fui precoce

Rouco sim
Louco não

E então vou andando
Dizem que estou pirando
Só porque estou estudando
Ai então vou me camuflando
                                                                                        
Estereótipos são invenções
Pra que generalizar por padrões
Cada um faz o que da na telha
Sem essa de querer entender

Compreender vá lá
Mas sem digitais
Apenas os sentidos
Um belo motivo

Livre, leve e na coleira
Um animal exótico em extinção
O poleiro um pedestal decorativo
Apenas esperando a hora do rasante

Daqui de dentro através da janela vejo outro mundo
Ele se apresenta como todo infinito e se vai fundo
Continuo aqui
Como animal enjaulado, passarinho aprisionado

A liberdade tem um preço
Não pode ter muito apego
Assim eu padeço e esqueço
Que o tempo passa e envelheço

O que se fala aqui
Repercute ali
Depois falam assim
E escuta sabendo
E nada entendemos

Ainda bem que a voz sumiu
Mas as cordas querem tocar
Ondas sonoras
Contaminar

É hoje eu acordei xarope já sem tosse...
Março/2010

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