quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quanta coisa ainda por descobrir...

Caminhos da mente
Eu não sabia que já sabia
Que estudar é o melhor caminho
Que quando a gente cresce tudo muda
Que nossa família não é apenas parentesco

Eu não sabia que já sabia
Com humildade se vai lá longe
Com paciência se ganha uma vida
Com inteligência se abrem os caminhos

Eu não sabia que já sabia
Brincar na rua é a maior delicia
Jogar bola na chuva de verão é alegria
Soltar pipa nas férias é falar com o vento

Eu não sabia que já sabia
A cultura é uma herança infindável
A politica é uma relação lastimável
A união de tudo poderia ser amável

Eu não sabia que já sabia
De que o poeta maluco encanta
De que as notas musicais leva a dança
De que acreditar em utopia da esperança

Eu não sabia que já sabia
O susto tira o soluço
O copo mata a sede
O gole da cajibrina

Eu não sabia que já sabia
Do sabiá que sabia assobiar
Do seu canto que encanta o dia
Do seu belo voo que enfeita a praça

Eu não sabia que já sabia
Daquele primeiro beijo na menina dos olhos
Daquela medalha no campeonato da escola
Daquilo tudo que não sabia e agora sei

Quanta coisa ainda de que não sei
Que ainda descobrirei...
Nov./2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

conhecendo e nutrindo o outro lado

Enteógeno o sentimento oceânico
As coisas não são como a gente pensa
E sim como realmente simplesmente é
Um jeito de ser pode causar estranheza
Causa um impacto aparentemente tênue

Cada significado tem lá sua validez em vez
Laços que conduzem a sua fluidez em tez
Traços que identificam uma raça de cor
Entrar e sair pela porta da frente sim

De nada adianta o querer fugir de si próprio
Sendo que todo sentido esta consigo mesmo
Passa o tempo e assim segue todo momento
Impetuoso é o sento guiado ao cata vento

Catapulta joga alto lá longe do outro lado
Parece que a gente fica noutro esquadro
O mundo interior se apresenta em nuance
Tudo aquilo que nos passa sobre relance

Uma coisa é aquilo que aparentamos ser
Outra é aquilo o que realmente somos
Bebendo a poção na fonte do saber
Alcançaremos todo nosso querer

Tudo esta ligado como ramificação
O todo se torna parte da criação
Como uma teia estamos unidos
E assim seguimos munidos

Os sentidos se afloram e aguçam
A linguagem corporal e suas posições
Muda o pensamento a cada movimento
A luz interior banha todo entendimento

Se vê de onde originou a semente
Como foi durante um tempo remoto
Pra onde quer que esteja o lugarejo
A conquista atracada em seu porto

Duma vila camponesa vim assim
Numa vila camponesa vivi comum
Pruma vila camponesa irei feliz
Uma vila camponesa terei enfim
Out./nov. 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

meu falso ego

Ruminante
Estou fazendo que nem vocês
E vocês fazem que nem eles
Eles fazendo de conta
E todos acreditando


Pra onde foi à identidade
A vida real a se viver
Será que ela existe?
Ou usamos a ficção?


Tem nada não
O mundo da volta
O tempo é escasso
A órbita em repetição


Toda etimologia retratada
Porem as ideias infinitas
Colocadas sobre a mesa
Prato, talher e copo


Não importa o estado
Solido, liquido e gasoso
Tampouco será ingerido
O que é que faz sentido?

Pra onde foi à boa vontade
Vergonha na cara não existe mais
O que fazer como agir é a sacada
Todo mundo sabe e faz de conta


Tesoura pra todo lado
Sem sair de cima do trilho
To afim de sair fora do eixo
Ta tudo grampeado, mapeado


To de mal com o mundo
Vou girar o globo no dedo
Um lunático ao léu e sonhador
Levado ao vento noroeste sem freio


A síndrome do fantasminha camarada
Com um pensamento na cabeça invento
Visões imaginárias e sons sem contexto
Sem se preocupar se entendam o sentido


Escrever desde então é a minha descarga
Estou me resgatando hoje como sempre
Quando aqui cheguei como uma pedra bruta
Permito-me lapidar ate atingir meu auge


Com cada pessoa é de um jeito
Não tem como ser o mesmo todo tempo
Politica uma mascara do suborno
Cuidado para não pirar as vias sociais


A de quem se promova
Nas custas os custos
De que adiantam os justos
Servem para ser trapaceados


Assim que sou e assim serei
Catalisador sem peneira
Uma espécie extinta
Acreditem ou não...
Agosto/setembro 2011