sexta-feira, 31 de outubro de 2014

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

dentro de cada frasco...



Reticências
Toda essência se preserva quando mantemos o segredo
Dependendo de como falamos nos distanciamos da origem
Todo o mistério provém de uma existência da vasta criação
Que perde seu valor se verbalizado sem fundamento no teor

A firmeza apresentada é quem guia e se transmuta em confiança
Assim que se forma a grande conquista no ato do laço da aliança
Extraordinária se torna a manobra executada a cada façanha
Que exige certa habilidade em seu exercício na artimanha

Somos apenas um pingo no i de tudo que existe desde então
Impossível um entendimento total da compreensão universal
Existe uma parcela de entendimento que vai além do racional
Importante que respeitemos os processos em cada momento

Simples mortais e tão pequenos como que grãos de areia
Assim estamos nessa vasta imensidão na qual fazemos parte
E como que uma peça de quebra cabeça, formamos parte do todo
Cada um de nós tem sua importância e contribuição para o equilíbrio

Em primeiro lugar precisamos aprender a conviver com respeito
Para um mundo melhor dependemos de cada ser vivo em seu espaço
As diferenças estão presentes para agregar valores em sua conduta
Sendo que se pode sim aprender com o jeito do outro no modo de viver

O caminho é único e particular na vida que cada ser vivo tem de seguir
Feliz dos arrojados que se submetem ao entendimento em aceita-lo
Nada fácil será sem as dificuldades que se mostram como provações
Essa é a grande oportunidade da descoberta da própria terra à vista

Com os erros e acertos temos a oportunidade do aprendizado
Quem foi que disse que iria ser fácil a trajetória da caminhada
Por mais que possa parecer utopia uma vida mais plena, humanizada
Quem sabe teremos ainda um mundo mais harmônico, justo e civilizado

Salve toda natureza que reside e vive dentro de cada um de nós
Dela viemos numa viagem cósmica de muito longe a milhões de anos
Aqui embarcamos como novos moradores e hoje antigos tripulantes
Fomos migrados e gerados entre calor e frio a claridade e escuridão

Pai Céu nosso, o grande arquiteto do universo e dono do infinito
Mãe Terra nossa, que gera em sua placenta dando forma a esfera
Vô Sol vosso, que aquece todas as vidas com seus raios cor de ouro
Vó Lua vossa, que ilumina com um cintilante que se traduz em prata

Faça sol que se expõe a cada nascer como descansa ao final do poente
Caia chuva em gota cristalina que venha regar esse imenso belo jardim
Seja dia em sua mais pura luz até que chegue lentamente o entardecer
Como noite que rompe madrugada afora e que se apresente o amanhecer
...
Out./2014

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Foi uma vez...num mundo distante...




A METADE EM FALTA

O filósofo Platão explicou a natureza do amor contando um mito a respeito dos primeiros seres humanos, que eram criaturas circulares cada uma delas com duas caras num único pescoço, quatro pernas e quatro braços.

Zeus (Júpiter) ficou furioso com estes primeiros humanos por terem desafiado a regra dos deuses e partiu cada um deles ao meio, deixando a humanidade apenas com uma cara, dois braços e duas pernas. Zeus ameaçou ainda os seres homens de que se voltasse a haver problemas, os partiria novamente ao meio. E assim, apenas com uma perna e um braço cada um, reduzidos a deslocarem-se aos saltinhos para todo o lado, aprenderiam a tratar os deuses com respeito.

Segundo este mito, todos nós somos metades de um todo, cada um de nós procurando ansioso a metade perdida. O amor, segundo este mito, é o desejo de procura do todo.

Livro: Mitologia – mitos e lendas de todo o mundo, p. 52, 2006.