quarta-feira, 27 de agosto de 2014

simples mortais e pequenos como grão de areia



Jornada
Após uma história de vida cumprida
Despertamos para outra consciência
Todos nós faremos o mesmo percurso
Como etapas de um processo evolutivo

A cada dia aqui vivido adquirimos mais bagagem
Assim seguimos como que ritos de passagem
Todo caminho tem o preço em sua viagem
Por mais que possa parecer uma miragem

Desabitar a matéria é uma questão do tempo
Até lá teremos muitas provações em movimento
Precisamos estar atentos a todo nosso momento
Habitamos em uma morada que serve como templo

O corpo denso e pesado ancora sob a gravidade
Com isso temos certo período na longevidade
Independente do que pregam como castidade
O que mais vale é viver a própria verdade

Porque então colocamos como fim a morte?
Já pensamos na hipótese de ser um transporte
Que de forma alguma venha pedir seu passaporte
De fato a saudade dói, porém temos que ser forte

Deus está tanto em mim como no outro
Na emoção, no tato como na prática do ato
Porque faz parte vital sim de um todo
Em todas as coisas visíveis como invisíveis

Uma das fases é se passar por ser humano
Independente de qual seja o processo
Até um dia alcançarmos o grau de Avatar
Caminhamos de encontro ao progresso

A teia da vida gera a semente de sua dádiva criação
Talhados e costurados no berço de seda do coração
Desenvolvemos por instinto nossas potencialidades
Intercalamos volta e meia entre as dualidades

Cultivando a higiene mental com persistência
Leva a transcendência como mera consequência
Adquirimos sabedoria no diálogo dos pensamentos
Assumimos seriedade na verbalização das palavras

Assim continuamos seguindo porque aqui estamos
Entre idas e vindas do mistério por vós esperamos
Até numa hora desvendarmos esse véu da eternidade
Pois só descobre essa travessia quem no seu dia parte
Ago./2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Ritual da Jurema - a grande festa do Toré



Sábado passado 2/8/2014 no Céu da Nova Aliança tive o privilegio de participar de um ritual sagrado com a tribo dos índios Fulni-ô de Pernambuco. Uma cerimônia regida pelos cantos e danças sagradas (o Toré) em volta da fogueira e com a ingestão da bebida Jurema (bebida feita da raiz de uma arvore). Posso dizer que passamos praticamente a noite inteira em volta da fogueira cantando, dançando e comungando da sagrada Jurema com a irmandade do Céu da Nova Aliança a presença ilustre dos índios Funi-ô e toda ancestralidade indígena.

Gratidão ao grande espírito! 
AHOW