quinta-feira, 24 de abril de 2014

a cara da Cibercultura...



Virtualizados
Telas de celular aos olhos cegam
Sabota toda a visão periférica
Fuga e distanciamento do real
Dissipa o calor humano do leal

Fones de ouvido aos tímpanos tapam
Faz perder o ponto como a estação
Rompem com situações do externo
Dilaceram e individualizam o ser

Cada vez mais seres androides
Movimento sistêmico e robotizado
Geração guiada ao piloto automático
A cada clique e tudo esta padronizado

De fato que estamos catalogados em rede
Entretenimento via navegação banda larga
Ate que ponto um benefício ou a nova chaga
Surge a necessidade inserida ao atual século

Reduz o espaço físico se ganha em velocidade
Substitui trabalho humano e sua capacidade
Cria-se ate então mais uma nova identidade
Assim se dá os passos dessa modernidade

Direcionada sob o abismo da futilidade
Afetados nos iludimos a praticidade
Para onde foi o direito de igualdade
É preciso largar mão da vaidade

Quanto maior a carência mais exposição
Tudo gira em torno de como esta a emoção
A sacada é ponderar moderar e saber usar
É preciso inteligência para viajar sem causar

Até então estamos à deriva nessa conexão
Tornou-se um vicio explicito como patológico
Como uma droga que mascara por puro prazer
Fazendo com que nos esqueçamos dos afazeres

As redes sociais tem um efeito de dessocialização
Distanciam pessoas cada vez mais umas das outras
Substituindo toda presença física ao toque na tela
As pontas dos dedos se fazem ao contato imediato

Temos o direito de nos desligarmos do plug da tomada
Sem se preocupar com o tempo de duração da bateria
Viver sim mais em função do que esta ligado ao tátil
Tecer o percurso de nossa natureza que é versátil  
Abril/2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Pablo Amaringo: espiritualidade + arte = sabedoria, ensinamentos, cura...



Pablo Amaringo, nascido no Peru 1943- 2009, curandeiro, artista, pintor e professor. Aos 10 anos de idade foi apresentado a um líquido cor de tijolo, de sabor acre e desagradável, uma bebida feita com cipós e folhas da Amazônia denominado ayahuasca. Acabou se tornando xamã, e dentro dos transes causados pela bebida, não apenas canções lhe ocorriam em meio aos trabalhos como xamã, mas, alucinações e visões do mundo e universo que ele nem poderia imaginar - todo um mundo novo - O visual psicodélico sugerido pela AYAHUASCA influenciaria para sempre o seu modo de pintar. Abriu-se então um leque infinito de possibilidades a partir de suas experiências subjetivas, e esse procurou traduzir isso em telas e pinturas.


Para acessar algumas obras do artista/curandeiro, acesse o link:

 
aprecie com o coração!!!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

a fome com a vontade de comer...



Status quo
Gratidão!
Ao nosso pai celeste que abriga as galáxias, planetas e estrelas, onde cada um ocupa seu próprio sistema solar harmonicamente entre tantos ao cosmos a fora, fazendo de seus filhos interestelares os grandes pioneiros em nossa cadeia evolutiva. Colocando-nos em longas distancias como que engenhosamente para que assim cada conjunto de astros sejam independentes uns dos outros em sua gravidade. Por mais que a comunicação entre esses universos ainda seja aparentemente algo impossível de se existir, sabemos que esses planos habitam e completam o todo infinito.

Gratidão!
Ao grandioso avô sol de um coração fervente em brasa chama dos milhões de tons de cores entre vermelho e laranja, que nos aquece e multiplica a vida entre fauna e flora como também nas grandes metrópoles, nutrindo-nos com seus poderosos raios sob o efeito da fotossíntese em sua cadeia alimentar. Com a energia de sua luz nos apresenta o dia por um período de rotação, completando assim a junção com a noite, gerando um complemento entre esses dois polos que alimentam e banham a crosta planetária de seu sistema.  

Gratidão!
A majestosa avó lua senhora da noite que refresca e esfria quando vem à escuridão como um fechar de olhos, então ela se mostra e ilumina com sua luz reluzente em tom cintilante toda orbita. Tranquiliza com seu silencio dando espaço para que a voz da natureza entre em cena, equilibra o planeta influenciando vários fenômenos terrestres como nas marés dos mares e nas emoções de quem aqui habita refletindo e alternando o temperamento a cada uma nova fase com sua energia aos ciclos: nova, quarto crescente, cheia e quarto minguante.

Gratidão!
A exuberante mãe terra senhora dos solos férteis que nos acolhe em teu seio maternal que é de onde vem todo o alimento nosso de cada dia, graças a tua vivacidade em biodiversidade que nos nutri desde sempre garantindo assim nossa sobrevivência, mesmo antes de nos reconhecemos como ser humano. Que nos cria em seu formoso berço diverso em vidas e a quem devemos a eterna gratidão de nossa existência. Grande mãe que alimenta em sua cadeia, onde gera diferentes espécies entre seus seres vivos que ate então se dá em sua continuidade o desenvolvimento em sua biosfera. 

Somos uma semente de herança cósmica e fazemos parte de uma parcela do todo que é interligado. Como que todo esse sistema cósmico descrito acima se sustenta?! Como cada planeta chegou ate seu lugar?! Como se tornaram o que são?! Afinal de contas são dotados de vida. De fato se transformaram naquilo que se alimentam. Pegando esse gancho e voltando para a realidade, mais precisamente ao planeta Terra, pergunto, e você do que anda se alimentando?! Nosso alimento vem de varias fontes, somos bombardeados de todos os lados em meio à tecnologia, porem precisamos de um filtro que cabe a consciência de cada um em particular para saber dosar aquilo com que estamos nos alimentando.

Você faz alguma dieta, qual a ideologia que você segue, as grifes que usa, as musicas que escuta os livros que lê as conversas que tem com as pessoas, os amigos ao seu redor, o canal de televisão que assiste as viagens que faz a pratica de esportes ou sedentarismo o que estuda e o que você deseja para si e para os outros. De uma coisa sabemos! Seja qual for a pratica exercida, quando realizada em demasia pode intoxicar, tornar-se crônico e irreversível porque somos responsáveis em conduta e toda causa tem a sua consequência.  

Equilíbrio é a palavra reguladora para a consciência, ignorar a voz interior que a todo o momento tenta nos alertar dos passos que seguimos, passa-se despercebida quase que sempre. Quanto mais ignorarmos estes sinais, maior é a probabilidade de andarmos sem as próprias pernas, ou seja, regredimos como uma criança em seu andador. Temos a liberdade de escolha podendo assim seguir a caminhada que desejarmos, claro que de forma sensata dentro de suas regras e normas. Pois sabemos quão árduo é o desenvolvimento evolutivo.

Tornamo-nos exatamente aquilo com o que nos alimentamos...
Mar./2014