terça-feira, 20 de dezembro de 2011

acabando o ano

Momentum
Em boca de siri não entra mosquito
Ele anda de lado e a favor do vento
Sobre a areia ele tem pouco tempo
Sigilo e língua nos dentes é atrito

Reprimir um desejo de fantasia
Jogar no outro aquilo que repugna
Fazer com que a situação se inverta
E por sobre a aparência o engano

Pois bem!!!

Presente não é só desembrulho
Ta no pretérito de ontem e hoje
Faz parte do perfeito e imperfeito
Tudo vai da forma que você da o feito

De carona na velocidade da luz
Tirando a onda num raio minuto
Assim se vai com tapa na cara
Pelotão frontal da infantaria

Todo bocejo é contagioso
Parece que se pega no ar
O olho enche de agua
Cuidado o quebrante

O dente da cobra é uma agulha
E se não tomar cuidado ela fura
Inseto tem uma aparência frieza
E atrapalha ate na hora da reza

No meu jogo de xadrez não tem disputa
Espanhóis e Incas caminham sem luta
Há muito tempo larguei mão da injuria
O que mais vale é ignorar a calunia

O que são as datas comemorativas
Um fato que nos veste ao caráter
Uma invenção para ser lembrada
Dia e noite a orbita em rotação

No ímpeto de uma mera frase
No vinco de uma difame crase
Uma vírgula pausa e respira
Coloquial a falsa acusação...
Dez./2011

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

minha embriaguez

é o fim do mundo todo dia da semANA
Não sei quem ela é
Muito menos ela sabe de mim
Só sei que estamos pertinho
E logo mais nos descobriremos

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

elas são bem mais melhor de bom!!!

Amores imprevisíveis
Tal beleza é um mimo espontâneo
Sua natureza encanta os mais fanáticos
Apreciadores da incontestável sutileza
Envolvem, enganam, emanam desejos

Sorrisos que valem um cartão de visita

O jeito de mexer no cabelo tira um suspiro
As mãos bem tratadas que tocam de forma sutil
Os pés com formatos e desenhos que ganham apreciação
Um perfume melhor que o outro que demarca o ambiente

Traços que marcam a beleza com o jeito de andar
Seduzem ao seu modo com o poder de escolha
O charme seu maior aliado e cativante
Todos torcem para ter uma chance

Não importa o tom da pele nem o quanto são confusas
Tudo é uma questão hormonal que vem no gene
Doces e explosivas, uma montanha russa
Poucos são aqueles que se submetem
Em encarar a bem-aventurança

O que vale mesmo é correr tal risco
Todo machucado com o tempo cicatriza
Toda marca se valoriza
Porque tudo é uma conquista

A cada relacionamento a bagagem aumenta
Ate chegar ao ponto ideal vale as experiências
Só não se sabe ate que ponto agüentamos esperar
Porque o grande segredo é o respeito e não apenas o desejo
Dez./Jan. 09/10

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

com carinho para quem foi um dia aquela que...

I-nadimy-ssível
Admiro sua coragem e decência
Da forma como encara um novo dia sem saber ainda onde pisar
Mas com a plena certeza e convicção
De que o sol apontara no horizonte

Seus gestos singelos como uma colcha de retalho
Tua presença que marca território
Seja lá qual for o auditório
O timbre da voz – agradável e inconfundível
O brilho dos olhos que transmitem vivacidade e tranqüilidade
A suavidade estampada no tom claro da pele
A aura mítica refletida em luz e energia
A maturidade confiante ao extremo
O domínio que toma conta de toda uma situação

Fugas às intrigas
Atenciosa por cortesia
Um cometa em ascensão
Preponderante por onde passa
A busca sagaz a espiritualidade
Que conduzira a sua missão
Tocar os corações
Suprir o vazio

Sabe que tudo acontece na hora certa
O tempo de Zeus

A beleza da velhice na fonte dos encantos
A estrela guiada por quem hoje deixa saudades

Sinais a serem decifrados
A mais um semblante apresentado

Meiga e cativante
Menina e mulher – a transformação em mutação
Sedutora e amável
Felina indomável e gente em extinção
Não se deixa refrear e esquiva-se
Aqueles que a querem sim preponderar sobre seu ser
És I-nadimy-ssível...
Nov./2007

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

um pouco de história

 T Ú P A C   A M A R U
Nativismo e Independência


reprodução
Macchu Picchu, local sagrado dos incas
O cacique peruano José Gabriel Condorcanqui, mais conhecido como Túpac Amaru, um descendente dos imperadores incas, liderou a maior rebelião indígena da história das Américas dos tempos coloniais. A sua insurreição contra o domínio espanhol colocou o seu nome entre os que tentaram, ao exemplo bem sucedido dos colonos norte-americanos, libertar as Américas da metrópole européia.

O Maior dos Levantes Indígenas


reprodução
Guerreiro inca
A revolta dos índios descendentes dos incas, liderados pelo cacique Túpac Amaru entre 1780-1781, foi a maior insurgência indígena desde a conquista do Peru, ocorrida no século 16. Seguramente tratou-se de uma das maiores insurgências da história da América Latina, somente equiparada em extensão e significado à Revolução Zapatista, ocorrida no México, 130 anos depois, entre 1911-17.
Os habitantes dos Andes haviam por quarenta anos resistido ao invasor espanhol até que o seu último chefe, Túpac Amaru I, foi preso e executado pelo vice-rei do Peru, Francisco de Toledo, em 1571. Desde então os vencidos foram submetidos a uma forma especial de trabalho com a adoção da parte dos espanhóis da encomiendas e da mita, que os reduziu a um regime de servidão ou semi-escravidão. Além disso, tinham que trabalhar sem salários nas obrajes, as pequenas tecelagens. Essa situação, somada às doenças e ao trato brutal que os conquistadores submeteram a comunidade indígena, foi a responsável pelo verdadeiro vazio demográfico que se abateu sobre a região andina por muito tempo. Foi contra essa exploração violenta que o cacique José Gabriel Condorcanqui, dito Túpac Amaru II, revoltou-se quase no final do século XVIII.

O Império Inca

reprodução
Um casal da nobreza indígena
O Peru, geograficamente, divide-se em três regiões distintas:

  • no oeste, à beira do Pacífico, encontramos uma costa árida, mas piscosa;

  • no centro erguem-se os Andes, a colossal cadeia de montanhas de quase quatro mil metros de altura e;

  • ao leste, fronteira com o Brasil de hoje, encontra-se a floresta amazônica. No período pré-hispânico identificara-se a existência de três culturas: a Chavin (circa de 1.000 a.C.), seguida da Civilização Huari (depois de 600 d.C.) e, finalmente a do Império Inca, destruído sistematicamente pelos invasores espanhóis a partir de 1532.

    reprodução
    Mapa do império inca (1463-1532)
    O império (chamado pelos incas de Tahuantinsuyo) possuía enormes dimensões, indo da fronteira do atual Equador até o Sul, até onde hoje é o Chile e a Argentina (tão extenso como de Nova Iorque ao Panamá) Estima-se que sua população oscilava de 3,5 milhões até 12 milhões de pessoas. As duas línguas mais faladas eram o quíchua (quéchua), na parte centro-norte, e o aimará (aymara), mais ao sul, além de existirem espalhados pelo território todo mais de 100 outros grupos étnicos, gozando de autonomia. Tal colosso era governado pelo inca da sua capital em Cuzco, auxiliado pelo Conselho Inca e pelos curacas (funcionários ou caciques).