quinta-feira, 28 de abril de 2011

depois do pandeiro soar o chapéu passou e as moedas cairam uma a uma

Onde mora a alegria                                                    
Quem rima é feliz
O repentista é quem diz
Com o toque do pandeiro

Quem canta seus males espanta
E mesmo assim não se cansa
Melhor ainda quando debaixo do chuveiro

Quem chora nem sempre é de tristeza
Mesmo que exista a pobreza
O tesouro que esta dentro de você é verdadeiro

Quem brinca na rua
Vive e sabe qual é a sua
Esse é o seu maior brinquedo

Os ventos nos direcionam como a um biruta
Só não vamos quebrar a cuca
Já dizia uma senhora maluca

Fale tudo o que tem vontade
Com certeza soara como uma bondade
Junho/2009

terça-feira, 19 de abril de 2011

um digestivo em forma de aspiral para o feriado

Liberdade ao celibato
Ser ou ter
Traçou seu caminho sem julgar
Por onde passou dissipou o excitar

O toque ou a nota
Acompanhado pelos anjos deu o tom
E fez com que todos dançassem ao seu dom

Eternidade ou passagem
Nem deu bola mesmo sabendo que estava sendo usado
Sabia que todos aqueles marmanjões já eram coisa do passado

O velho ou o novo
Apareceu quebrando tabus com sua simplicidade
O envelhecimento dos pergaminhos mudou a realidade

Hoje não se sabe se foi verdade ou lenda
A ressurreição decorrente de um desaparecimento forçado
O sumiço e ali nasce o maior profeta
A morbidez que endeusa e deixa a pulga atrás da orelha

Foi à mulher ou mais uma seguidora de confiança
Discípula ou amante
O celibato era realmente verdade ou o pecado original ali nasceu

Uma linguagem a se decifrar que venha ser um dia universal
E hoje mal interpretada por ter o interesse em evidencia

Peregrinou entre todos os meios e nunca teve medo
Possuía a diversidade que aparentava um mistério
Como a ingenuidade de uma criança que jamais perdeu a inocência
Jamais se importou em agradar a todos
A unanimidade não existe para ninguém

E a liberdade em si?
Quem esta imune à sedução?!
Como ignorar as batidas do coração!!!
O Genesis uma sumula que não deixou passar nada (ao seu modo)
Prazeres harmoniosos que sustentam a felicidade
Entre esse meio aparece um mago aos flagelos e nada pede em troca
Invoca milagres diante a graça no mais alto grau latente
Tendo resposta na fonte do circulo completo da existência

Uma virgem desceu a terra como um extraterrestre
Ali se encantou com um humilde carpinteiro
Que a ela doou uma semente gente e mudou toda uma historia

Enquanto homem
Dividiu o pão e o vinho assim como o cálice passou de boca em boca
Ate que ponto era refreado os prazeres mundanos
Amou uma mulher mais que os outros
Fazendo brotar às intrigas que perpetuam ate hoje

Sua popularidade cresce após sua passagem
Como um toque de mágica

Um peregrino errante que jamais desistiu de sua missão
Como um guerreiro valente que hoje alimenta almas vazias que vagueiam
Carregando toda a dor consigo como um deposito de escombros
Ainda sofre tanto quanto o dia da cruz por ter sido o mais resistente
E intitulado o maior de todos sem que o mesmo soubesse...
2008/2009

quinta-feira, 14 de abril de 2011

a cada passo um novo compasso

Sublevação
Dou ênfase ao acaso e o agarro
Ele soa como um presente inesperado e agradável por muitas vezes
As coincidências me mostram os caminhos e apresentam-me novas surpresas
Assim cresço e apareço
Um pensador, um super-herói, um artista, uma ave

A partir de agora serei egoísta, somente assim perpetuarei meu ecossistema
Meu cálcio e ferro estão entrando em estado de escassez
Já não me empolgo mais com aquela canção

Não quero mais
Aquela porta na qual a maçaneta gira em falso
O chuveiro que não para de pingar
A janela despedaçada
O piso pela metade

Não serei mais o ultimo da fila, quero meu merecimento
O prazo de validade se foi faz tempo
To feito cachorro bobo que nunca saiu na rua
E se não tomar cuidado carrocinha pega e vira sabão na certa

Apenas verbalizarei meus pensamentos ao que me interessa
Aprendi a pressentir a essência da beleza
Do negativo é possível garimpar o positivo

Não estou aqui para ser apenas mais um – a marca de minha pegada ficara
Que apenas o fluxo me leve, mesmo sendo normal que no meio do caminho alguns fiquem
Estou disposto a correr este risco
Ainda há muito a explorar – a cada descoberta mais informações
Não mais rebobinamos a fita
A mídia nada mais é que o efeito da nossa causa – cuidado com o ibope

Quero apenas a criação
O amor esta se apagando como a fogueira da noite passada
Que agora apenas em brasa se apresenta a mais um dia
É preciso renovar a cada segundo para que a brasa não se desmanche (vestígios) em cinzas

Vou construir meu império – não mais me subestimarei
Afinal os pensamentos podem tornar-se coisas
Pessoas que entram em nossas vidas, a peça de roupa inesperadamente da vitrine
Estas são as respostas de nossos pensamentos

E ainda nos perguntamos! Por que isso esta acontecendo?
Somos um imã
O próprio escultor de nos mesmos
O corpo modelado, status dignos de respeito a uma profissão, o mesmo sexo por desejo, a garota dos sonhos, uma cobertura luxuosa, basta escolher e aceitar – sem perder o sentido

Não lutarei contra meu eu
Meus sentimentos é que me conduzem às respostas nas quais obtive em prol de minhas perguntas interiores
A chave de tudo é apenas aceitar – sem condenações
Sou ex-prisioneiro do sistema burocrático
Que apenas o presente indicativo seja minha bussola
Mostrando-me a direção a percorrer no meu devido destino

Não andarei mais a frente do futuro – o gerúndio é a minha ação
Sem infringir ou banalizar as próprias escolhas

Vou pintar meu próprio quadro
Sejam lá os deuses mitológicos com seus poderes e forças incontidas
A paisagem com o branco azulado tomando conta de todo ambiente
Com um lago milenar varrido pelo vento ululante

Uma cabana no topo da montanha para ali escutar apenas o silêncio
E ali ver nascer não só a nascente de um rio
Como também a poesia a canção e a dança
O amor de Romeu e Julieta
Goiabada com queijo e um beijo...
Julho-Agosto/2007

quinta-feira, 7 de abril de 2011

parece café com leite mas é capuccino com canela

Aparência dúbia
A mudada entrou quando o parafuso espanou
A catraca trocou assim que a roleta girou
O barulho parou como o silencio estancou
O acesso travou ninguém mais passou

No andar lisérgico tem a vida na tela
Na comissão de frente todos sorridentes
Nos submundos o conhecimento e suas obras
Os clippingstigos com a noticia na ponta da língua

Todos os dias aquele movimento incessante
E ate que o dia acabe a calmaria predomine
Tanta coisa tanta gente na sintonia da rotação
As pessoas transmitem umas para com as outras

Como alguém que fala aquilo que você pensa
Tendo aquele que leva sua mensagem adiante
Sua inspiração se transportou pelas ideias
Fazendo da catarse a overdose de sentimentos

Ai vem quase todo mundo fingindo de faz de conta
Matando o tempo como se vivesse em uma redoma
Do ângulo obtuso a visão da câmera sempre registra
Belas imagens de animação especial em tom oriundo

Elementos cíclicos da natureza climática
Vamos buscar uma dose tática e palpável
Com os apetrechos que munem e fortificam
Assim não viveremos de desculpas melindrosas

Porque a gente só reclama de barriga cheia
Vai querer fazer um saco vazio ficar de pé
Quanto mais conforto a preguiça toma conta
Tem muita coisa acontecendo por ai e sempre

Nem tudo aquilo que a gente esta vendo
pode ser o que realmente ta acontecendo
Girar a chave a cada entrada e saída vivida
Pra não correr o risco de misturar a conversa

Fora do lugar fica o papo de aranha distorcido
Conteúdos ácidos restringem os fones ao ouvido
Não importa o que tenha acontecido com a sonoridade
Melhor rir ate a barriga doer por ser a melhor anestesia
Março/2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

o que é que tem lá?!?!

O segredo da fonte
Ignoramos algo tão poderoso quanto o ser divino
que é o nosso inconsciente,
aparentemente inabitado e inconquistável
que com certeza guarda e zela por todos os nossos tesouros,
os mais valiosos.
2008/2009