quinta-feira, 14 de abril de 2011

a cada passo um novo compasso

Sublevação
Dou ênfase ao acaso e o agarro
Ele soa como um presente inesperado e agradável por muitas vezes
As coincidências me mostram os caminhos e apresentam-me novas surpresas
Assim cresço e apareço
Um pensador, um super-herói, um artista, uma ave

A partir de agora serei egoísta, somente assim perpetuarei meu ecossistema
Meu cálcio e ferro estão entrando em estado de escassez
Já não me empolgo mais com aquela canção

Não quero mais
Aquela porta na qual a maçaneta gira em falso
O chuveiro que não para de pingar
A janela despedaçada
O piso pela metade

Não serei mais o ultimo da fila, quero meu merecimento
O prazo de validade se foi faz tempo
To feito cachorro bobo que nunca saiu na rua
E se não tomar cuidado carrocinha pega e vira sabão na certa

Apenas verbalizarei meus pensamentos ao que me interessa
Aprendi a pressentir a essência da beleza
Do negativo é possível garimpar o positivo

Não estou aqui para ser apenas mais um – a marca de minha pegada ficara
Que apenas o fluxo me leve, mesmo sendo normal que no meio do caminho alguns fiquem
Estou disposto a correr este risco
Ainda há muito a explorar – a cada descoberta mais informações
Não mais rebobinamos a fita
A mídia nada mais é que o efeito da nossa causa – cuidado com o ibope

Quero apenas a criação
O amor esta se apagando como a fogueira da noite passada
Que agora apenas em brasa se apresenta a mais um dia
É preciso renovar a cada segundo para que a brasa não se desmanche (vestígios) em cinzas

Vou construir meu império – não mais me subestimarei
Afinal os pensamentos podem tornar-se coisas
Pessoas que entram em nossas vidas, a peça de roupa inesperadamente da vitrine
Estas são as respostas de nossos pensamentos

E ainda nos perguntamos! Por que isso esta acontecendo?
Somos um imã
O próprio escultor de nos mesmos
O corpo modelado, status dignos de respeito a uma profissão, o mesmo sexo por desejo, a garota dos sonhos, uma cobertura luxuosa, basta escolher e aceitar – sem perder o sentido

Não lutarei contra meu eu
Meus sentimentos é que me conduzem às respostas nas quais obtive em prol de minhas perguntas interiores
A chave de tudo é apenas aceitar – sem condenações
Sou ex-prisioneiro do sistema burocrático
Que apenas o presente indicativo seja minha bussola
Mostrando-me a direção a percorrer no meu devido destino

Não andarei mais a frente do futuro – o gerúndio é a minha ação
Sem infringir ou banalizar as próprias escolhas

Vou pintar meu próprio quadro
Sejam lá os deuses mitológicos com seus poderes e forças incontidas
A paisagem com o branco azulado tomando conta de todo ambiente
Com um lago milenar varrido pelo vento ululante

Uma cabana no topo da montanha para ali escutar apenas o silêncio
E ali ver nascer não só a nascente de um rio
Como também a poesia a canção e a dança
O amor de Romeu e Julieta
Goiabada com queijo e um beijo...
Julho-Agosto/2007

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