quinta-feira, 26 de julho de 2012

pegando por empréstimo o blues do grande Muddy

Desejo veemente
Perdi uma amizade por causa do dinheiro
O Tio Patinhas não vê nada a sua frente alem do cifrão
Xinga, grita e esperneia sem pudor
Não importa quem esteja por perto
A menina dos olhos deu lugar à moeda dourada
O coração já ate mais que palpitou devido à tamanha preocupação
E mesmo assim de nada adianta
Tamanha ignorância – pobre coitado
De nada adianta um puxa saco que apanha mais que o bobo da corte
E ainda se diz o maioral
Já anda pelos cantos falando sozinho
Seus sobrinhos é quem usufruem de verdade
Carro do ano grife de ponta fora as piadinhas
Como pode não respeitar o próprio tio
O que vale é brincar na piscina
A cada mergulho a água baixa
A fonte uma hora seca
Tibum e mais alguns baldes se foram
Que a Disney não rompa o contrato
Afinal de contas ai tem uma bela historia de amor e admiração
Será feito um sarcófago
Para que leve todo seu tesouro e compre um belo palacete sobre as nuvens
Como o pé de feijão vai criar a galinha dos ovos de ouro
Não se atreva a ser intruso
Para ser difamado entre os outros...
Nov./Dez.2008

quinta-feira, 19 de julho de 2012

é sempre mais fácil achar que a culpa é do outro...




Wilhelm Reich mostra-nos na obra ‘’O assassinato de Cristo’’ através da vida de Jesus, que se tornou símbolo do sofrimento e da redenção do pecado do ser humano, o que ninguém mostrou como ele as virtudes da vida como também ninguém foi assassinado de maneira tão vergonhosa. Na historia de Cristo, o homem tentou em vão, compreender e resolver o enigma de sua existência. O esforço não teve sucesso, pois o homem não pôde, nem antes nem depois do assassinato de Cristo, chegar aonde mais queria: chegar a seu próprio eu. Ele fez de Cristo o símbolo de seu próprio mistério e de seu próprio sofrimento e, ao mesmo tempo, vedou a si mesmo a possibilidade de compreendê-lo, porque o submeteu ao processo de mistificação. Olhando Cristo por um espelho, o homem bloqueou o acesso à sua própria natureza.



[...] 
Terra adubada produz bom grão. Ela recebe a semente e lhe permite crescer e produzir outro grão, dando alimento, sal, agua e energia vital a cada uma de suas fibras, a cada instante de cada dia. O solo se enriquece retendo um pouco da palha quando o grão amadurecido for levado pelo vento ou colhido pelo homem ou por um animal. O solo assim enriquecido da nova vida a novo grão. E o novo grão transmite sua vida a outra vida. [...] (1999, p. 55).

sexta-feira, 13 de julho de 2012

o tempo não é o do relógio e sim das batidas do coração...

A frieza do relógio
não compete com a quentura do meu coração
Coração que bate 4 por 4
sem lógica, sem lógica e sem nenhuma razão
Bom dia sol !!!
Bom dia, dia !

quinta-feira, 12 de julho de 2012

troca de valores...a natureza da natureza...e assim caminha a humanidade

À medida que aumenta o conhecimento científico diminui o grau de humanização do nosso mundo. O homem sente-se isolado no cosmos porque, já não esta envolvido com a natureza, perdeu a sua ‘’identificação emocional inconsciente’’ com os fenômenos naturais. E os fenômenos naturais, por sua vez, perderam aos poucos suas implicações simbólicas. O trovão já não é a voz de um deus irado, nem o raio seu projétil vingador. Nenhum rio abriga mais um espírito, nenhuma árvore é o princípio de vida do homem, serpente alguma encarna a sabedoria e nenhuma caverna é habitada por demônios. Pedras, plantas e animais já não têm vozes para falar ao homem e o homem não se dirige mais a eles na presunção de que possam entendê-lo. Acabou-se o seu contato com a natureza, e com ele foi-se também a profunda energia emocional que esta conexão simbólica alimentava.  
Livro: O homem e seus símbolos, Jung, Carl G. p. 95.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

fuuu...um sonho ao sopro do vento do norte...fuuu

Passagem
Tive um sonho acordado
De olhos secos e pregados
Não piscavam de arregalados
Com a sensação de esbugalhado

Ao sopro do vento ela flutuou
Sobre meus olhos suplicou
No momento confortou
Assim me aconchegou

Era uma pétala a se cultivar
Suave e sedosa como delicada
Todo instante foi apreciada
Mileide do conto de fadas

Cheiro da pele marcante
Jeito de ser cativante
Serei seu amante
O tratante

Do beijo que encaixa
No quebra cabeça
Refluxo na caixa
Ação Torácica

Coração em palpitação
Batidas em comoção
Corpo embriagado
Anestesiado

Sonhos que vem e vão
Manifestação do temporal
Mesmo aparentando intemporal
Mais um vento bateu, ela se foi...
Jul./2012