quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

nos dedos de uma unica mão

Aliança divisível
Amigo meu
Não tem que ser perfeito
Tem que ter muito defeito
Pode ser bonito quanto feio
Muito menos se veio de berço

Amigo sim
Isso é bom pra baralho
Saber brincar no jogo
Sacar a carta da manga
Subir e descer do pé

Amigo sempre
Serve na hora da fossa
Mesmo que tenha sumido
A gente faz o tempo voltar
Reviver tudo que adormeceu

Amigo vem
Com choro na cara embriagada
O garçom se torna nosso aliado
O copo um recipiente de afogo
Com companheirismo do afago

Amigo pode
Dar telefonema no meio da madrugada
Fazendo da confidencia revelada
Todo segredo dividido ao ouvido
Sem se importar com as horas

Amigo é
Pra tirar da enrascada
Seja qual for a emboscada
Estar sempre junto é a sacada
Independente de qual for à quebrada

Amigo também
Cabe nos dedos de uma mão
Divide a sobremesa no almoço
Oferece a cama para abrigo
Procura só quando precisa

Amigo sei
Não pode existir competição
Fala o que sente sem pudores
Aprende e ensina com valores
Acrescenta seja onde fores

Amigo sabe
Aceitar como realmente é
Tanto no homem e na mulher
Sem distinção seja ela qualquer
Verdadeiro sentido do bem me quer
Fev./2012

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