quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

aqui nasci, aqui sobrevivo...



Assim é Sampa
A cidade que vive às 24hs
A metrópole mais que megalópole
A selva de pedra em tom acinzentado
A vida agitada na batida a corrida do tempo

Abriga as culturas desde então do mundo inteiro
Uma historia escrita no percurso ao longo dos tempos
Festas tradicionais bairristas que marcam os momentos
Religiões que pregam a cada esquina seus pensamentos

Prédios em arranha-céus riscam as nuvens
Feiras e bares com suas tribos e estilos
Aculturação em fusão na pura alquimia
Civilização urbana transfigurada a profecia

Ruas e avenidas movimentadas
Sinalizadas e demarcadas
Os semáforos as placas
A linguagem dos sinais

Transeuntes com motoristas a rodo
Ciclistas e hippies se mostram em símbolo
Mosaico multicultural traduzido a cada rosto
Calçadas, alamedas e viadutos pra todo o gosto

Entre letrados e analfabetos
Artistas de rua fazem seu numero
Ganha pão do cotidiano a céu aberto
Arte em seu oficio a mais um dialeto

A discrepância em poucos metros quadrados
A sociedade se mistura entre luxuria e miséria
Madames em grifes e vivendo na passarela da fama
Moradores de rua sobrevivendo na calçada sua cama

Num dia só as quatro estações do ano
Temperaturas demarcadas aos corações
Emoções que registram cada cenário vivido
Esporte de todos os tipos em sua pratica

Parques que exalam saúde em meio ao caos
Praças arborizadas com velhinhos e crianças
Para eles o baralho e o dominó seu passatempo
Para elas a brincadeira que se faz em seu recreio

Engarrafamento as vias públicas a perder de vista
Veículos e pessoas em trafego intenso na pista
Poluição sonora se mistura a visual há tempos
Pulmões e pensamentos em estafa do fardo
  
O centro financeiro do país esta aqui
Sustento de uma nação guiada ao cifrão
O ponteiro do relógio cobra friamente
Sociedade mecanicista a ponto de combustão

Assim é Sampa
Fev./2012

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